O Capitão Veridiano Rodrigues de Castro, filho de Valeriano Rodrigues de Castro (Coronel Valu) com Vanância de Almeida Barbosa, era irmão de Viriato de Castro. Casou-se em primeiras núpcias com Messias Dutra, com quem teve os filhos Darcy Chaves (enteado), Darcy de Castro, Raimundo de Castro, Violeta de Castro e José Dutra de Castro (Zequinha), e em segundas núpcias, casou-se com Maria Sefisa Chaves, com quem teve os filhos: Maria Lícia de Castro Trindade, Genilton de Castro e Veridiana Rodrigues de Castro. Além de capitão, foi aluno exemplar de geografia (formado no Lyceu), foi suplente de juiz municipal, comerciante e grande empresário local, além de vice intendente municipal de 1.915 a 1.923 e intendente municipal eleito de 1.927 a 1.930 (exercendo apenas quinze dias o cargo) e Conselheiro Municipal (vereador) nas proximidades de 1.930. O Cortume do Coronel Valu, localizado na Praça São Vicente, passou a pertencer à sociedade Veridiano de Castro & Cia, que era formada por de Veridiano de Castro e Dario Antônio de Oliveira, ficando depois só para Veridiano e, com sua morte, passou para a viúva Maria Sefisa e consequentemente para Maria Lícia de Castro Trindade.
O capitão Veridiano Rodrigues de Castro, mesmo sendo influente em nossa cidade, não conseguimos resgatar muitas informações sobre ele.
Nessa casa, localizada até hoje na Avenida Anhanguera, foi onde morou o grandioso capitão Veridiano Rodrigues de Castro.
Conforme o SEMANARIO OFFICIAL DE GOYAZ, em Portaria do sr. dr. Delegado Fiscal do Governo Federal, datada de 07 de julho de 1.908, junto ao Lycey Goyano, foi mandado incluir no Banco de Honra de Geografia do 1º ano: Antônio do Amaral Bragança, Balduíno Pinto de Castro, Claro Augusto de Godoy, Gercino Monteiro Guimarães, José de Maria Ramos Jubé e Veridiano Rodrigues de castro.
Em 14 de outubro de 1.908, foram incluídos no Banco de Honra de Desenho do 1º ano, Antônio do Amaral Bragança, Balduino Pinto de Castro, Veridiano Rodrigues de Castro, Carlos Oeckinghaus e Pedro Cornelio Brom.
Em 1.909, Veridiano Rodrigues de Castro foi incluído no Banco de Honra de Geografia, de Português e, posteriormente, de Francês, além de que ele ficou em primeiro lugar na classificação como aprovado com distinção grau 10 em Inglês e aprovado plenamente com grau 8 em Desenho.
Conforme o jornal O MALHO - RJ de 25 de junho de 1.910, Veridiano Rodrigues de Castro e José Décio, que mais tarde viriam a ser prefeitos de Formosa, fazem parte do grupo de jovens republicanos de Goyaz. Na foto, José Décio é o mais a direita em pé e Veridiano de Castro é o do centro sentado.
No dia 16 de fevereiro de 1.911, às 9 horas da manhã, Olympio Jacintho, Israel da Costa Muniz, João José de Paiva e Veridiano Rodrigues de Castro entraram no Buraco das Araras, para conhecê-lo.
No jornal O PLANALTO de 8 de março de 1.913, Evangelista Meirelles descreve: Recebemos a atenciosa participação do casamento do nosso jovem amigo Veridiano Rodrigues de Castro com a graciosa senhorita Messias Dutra, de Castro de Formosa. Gratos pela gentileza. Cabe aqui uma observação de que os dois eram primos.
Conforme o DECRETO Nº 3569, de 6 de dezembro de 1.913, ficam nomeados para o triênio de 1.914 a 1.916 no Termo de Formosa: Juiz Municipal Pedro de Souza Barbosa; Suplentes: Honorato de Souza Lobo, José Vianna Lobo, Veridiano Rodrigues de Castro e Herculano José d'Oliveira.
Sabemos que, em 20 de outubro de 1.915, quando o major Antônio da Costa Pinto foi eleito Intendente Municipal, Veridiano Rodrigues de Castro foi o segundo suplente. Em 06 de outubro de 1.919, novamente quando o bacharel Francisco Hugo Lobo foi eleito intendente, Veridiano também foi o segundo suplente.
Conforme registrado no jornal CORREIO PAULISTANO de quinta feira, 3 de maio de 1.917:
FORMOSA - ESTADO DE GOYAZ
Os abaixo assinados, sócios componentes da firma Veridiano de Castro e Comp., que por algum tempo girou nesta praça, explorando o comércio de fazendas e artigos congêneres, cientificam às praças com as quais mantém relações comerciais, que nesta data dissolveram, amigavelmente, a sociedade com a retirada do sócio Veridiano Rodrigues de Castro, ficando o ativo e passivo da extinta firma a cargo do sócio DARIO ANTONIO DE OLIVEIRA, que continua a explorar o mesmo ramo comercial e espera merecer a mesma confiança dispensada à firma dissolvida.
Formosa, 2 de abril de 1917.
Veridiano Rodrigues de Castro.
Dario Antonio de Oliveira.
No dia 23 de julho de 1920 entrou em Formosa o primeiro automóvel que foi comprado em São Paulo por Olympio de Mello Alvares, de sociedade com Olympio Jacintho, Pedro Chaves e Veridiano de Castro, para ser utilizado em passeios à Lagoa Feia.
Foi o primeiro carro automobilístico, que entrou no Planalto Central do Brasil: era da fábrica Ford e custou 3:800$000, que, com a quantia despendida no seu transporte, de São Paulo à Formosa, ficou por 4:450$000. Veio até Ipameri embarcado na estrada de ferro; de Ipameri a Formosa, conduzido pelo motorista - Adolpho Herz, que o trouxe por estradas de carro de bois, passando por Cristalina e Santa Luzia. De Santa Luzia a Formosa vieram nele o Cel. Evangelino Meirelles e o advogado José Lourenço.
Conforme O JORNAL - RJ de sexta feira, 21 de maio de 1.926, chegou de viagem na cidade de Formosa, vindos de São Paulo, os srs. cel Herculano Lobo, chefe político local e o cap. Veridiano de Castro, industrial e boiadeiro, residente nesta cidade.
Em 1º de novembro de 1.927, foi solenemente instalado o Conselho Municipal, tendo, na mesma sessão, prestado compromisso do cargo de Intendente Municipal o Sr. Veridiano Rodrigues de Castro; dos cargos de 1º, 2º e 3º Vice-Intendentes: José Collecto de Mello, Abineres de Moura Telles e Olívio José Cardoso. Logo em seguida, fez-se a eleição da mesa do Conselho, sendo: Presidente, Benedicto Galvão de Moura Lacerda; Vice-Presidente, João de Oliveira Dico; Secretário, Amaro Juvenal de Almeida. Na sessão de 16 de novembro, o Intendente Municipal, Veridiano Rodrigues de Castro, comunicou ao Conselho ter passado o exercício do cargo ao 1º Vice Intendente, José Collecto de Mello, que também fez a comunicação de ter entrado em exercício do aludido cargo. Nessa mesma sessão foram eleitas as comissões permanentes.
Conforme o jornal LAVOURA E COMÉRCIO - MG de 1 de setembro de 1.934, em 30 de outubro de 1.934, o deputado Velasco veio aqui para Formosa, chegou de automóvel e teve festiva recepção por parte de seus numerosos correligionários aqui residentes e por parte do povo desta cidade. Em reunião realizada no salão do cinema local (de propriedade de Veridiano de Castro e Sefisa Chaves), com a presença de numerosa e entusiástica multidão, foi organizado definitivamente o diretório do Partido Libertador Goiano neste município, diretório que ficou com a seguinte composição: José Colecto, presidente; capitão João Borba, vice presidente; Elverte de Melo, secretário; dr. Evandro Americano do Brasil, orador; dr. Moacir Dutra, dr. Sebastião Vieira, Hidelbrando Borba, Pedro Azevedo, Farid Cozac, Olívio Cardoso, Joaquim Ledo, Pedro Alves, Veridiano de Castro, Francisco Monteiro e Hermínio Ribeiro, membros.
Não foi localizado ainda data de morte.
Em homenagem a esse ilustre que exerceu a chefia do município por 15 dias, Formosa tem uma avenida em sua homenagem, esta junto ao Museu dos Couros, espaço que também compreendia o Cortume da família Castro.
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