O Bacharel Francisco Hugo Lobo, nascido em Formosa no dia 29 de abril de 1.895, filho do Coronel Francisco Alexandrino Lobo com a negra Áurea, consequentemente neto do Professor Fidêncio de Sousa Lôbo, sobrinho do Tenente Coronel Herculano de Sousa Lobo e do Major Honório de Sousa Lobo, onde podemos notar a grande influência dessa família na política do nosso município. Francisco Hugo Lobo faleceu, prematuramente, solteiro e sem filhos, no dia 13 de agosto de 1.926, em plena idade produtiva, com tuberculose pulmonar. Como homem público, em Formosa o Bel. Francisco Hugo Lobo, foi 2º Suplente do Juiz Municipal, de 20 de julho de 1.917 até 1.918; Defensor de réus perante o Júri, em 1.917 e 1.918; Intendente Municipal e Procurador de partes em Juízo, de 1.919 a 1.923; Representante do Conselho Municipal na grande convenção política da Capital, em 1.920.
Hugo Lobo no dia da colação de grau como Bacharel |
Conforme o jornal O PAIZ de segunda feira, 30 de novembro de 1.914, Francisco Hugo Lobo formou-se como Bacharel em Ciências e Letras no dia 15 de novembro de 1.914. A descrição de como aconteceu o evento foi a seguinte:
Uberaba
Gymnasio Diocesano - No dia 15 do correte, ao meio dia, realizou-se a colação de grau aos novos bacharéis e à turma de agrimensores que concluiram seu curso no presente ano.
Àquela hora, já o vasto salão adredemente preparado para este fim, se achava repleto de pessoas gradas do nosso meio social, representantes de classes, clero secular e regular, irmandades religiosas, etc.
Sr. Ex. D. Eduardo Duarte e Silva, bispo desta diocese, servindo como presidente da cerimônia, convidou o Dr. Epaminondas Bandeira de Mello, íntegro juiz de direito desta comarca, para testemunhar o ato.
Receberam o grau de bacharel em ciências e letras os Srs. Francisco Hugo Lobo, Blondel Borges de Araujo, Ovidio Tristão de Lima, Orestes Paranhos e João Alves Arantes, e de peritos agrimensores, os Srs. Gilberto de Oliveira, Aristides da Cunha Campos, Pelopidas Thomé da Fonseca e Vicente Macedo Junior.
Após a entrega dos diplomas, falaram, em seus nomes, e no da turma que oficialmente representavam, os inteligentes moços Gilberto de Oliveira e Francisco Hugo Lobo.
Falou depois o ilustre reitor do conceituado estabelecimento, agradecendo aos presentes o seu comparecimento e congratulando-se com os seus jovens discípulos, pela conquista que acabavam de ter na sua jornada escolar.
O bispo D. Eduardo Duarte Silva, tomado a palavra, discorreu, com quela fluência e beleza de estilo que lhe são características, sobre a situação atual do mundo político e social, terminando por aconselhar aos novos diplomando a traçarem esta reta, que dignifica os homens e os eleva ao caminho do bem.
Estrondosa salva de palmas cobriu as últimas palavras do venerando antiste.
A excelente orquestra do Cinema Triângulo competentemente regida pelo maestro Renato Frateschi, emprestou a esta imponente festa grande realce.
Em 12 de julho de 1.916 foi emitido a portaria nomeando o cidadão dr. Francisco Hugo Lobo substituto do delegado literário de Formosa (cargo hoje equivalente ao secretário de educação).
Em 1º de Março de 1.918, Francisco Hugo Lobo, juntamente com outros formosenses como Valeriano de Castro, Souza Borba, Arthur Abdon Póvoa, Paulino Lobo, entre tantos outros ilustres manifestaram ao então D. D. Presidente do Estado Exmo. Sr. Desembargador João Alves de Castro: Os abaixo assinados, diante o Governo honesto, justo e patriótico de V. Exa., a quem sempre tiveram em grande consideração e respeito, considerando um dever de todos quanto desejam o engrandecimento e bem estar de Goyaz, reunir aos de V. Exa., os seus esforços para mais prontamente alcançar o almejado fim ao qual se propõe o superior Governo de V. Exa. e que é elevar Goyaz a altura que merece, pelo respeito a autoridade e aos direitos de todos sem preconceitos e nem distinções, sentindo-se entusiasmados, cheios de confiança no presente e no futuro, pelas garantias de que todos se acham cercados; resolveram por este meio e com todo acatamento manifestar a V. Exa. o seu modo de sentir, protestando o mais leal e decidido apoio a V. Exa. e ao seu honrado Governo.
Em 25 de maio de 1.918, foi comunicado a passagem do exercício do juiz de direito interino da comarca de Formosa, Cel. Herculano de Souza Lobo, a 5 do correte, ao seu substituto legal, cidadão Francisco Hugo Lobo, 2º suplente do Juiz Municipal do respectivo termo.
Na sessão de 26 de abril de 1.920, o Conselho delegou poderes ao Bacharel Francisco Hugo Lobo para o representar na grande convenção que teria de escolher, na Capital do Estado, os dirigentes do Partido, no futuro quatriênio, satisfazendo, com isso, o convite do Sr. Cel. Eugênio Jardim e do Sr. Dr. Antonio Ramos Caiado. Francisco Hugo Lobo representou condignamente, o Conselho Municipal de Formosa, na aludida convenção.
Conforme o telegrama registrado sob n. 8255, de 28 de junho de 1.920, do cidadão Osório Meirelles, cessionário do privilégio concedido ao cidadão Evangelino Meirelles para uma estrada de automóveis de Bomfim (Silvânia GO) a Formosa, pedindo permissão para transferir aos cidadãos Francisco Hugo Lobo e Pedro de Souza Borba, a parte do trecho que fica entre Santa Luzia (Luziânia GO) e a cidade de Formosa. Esse telegrama foi encaminhado à Secretaria de Obras Públicas para juntar aos respectivos autos e depois à conclusão. No ofício do dia 30 de junho de 1.920, sob nº 8.267, foi deferido o seguinte: "Defiro a petição constante do telegrama de fls. 18, devendo o respectivo termo ser lavrado depois de cumprido o despacho de fls. 17. À Secretaria de Obras Públicas". Esse despacho foi encaminhado ao desembargador Presidente do estado em 2 de agosto de 1.920.
No periódico O JORNAL - RJ de segunda feira, 2 de agosto de 1.920, uma reportagem na página 7 dá um reconhecimento nacional ao governo de Francisco Hugo Lobo à frente da Intendência do município de Formosa:
Formosa (Goyaz)
Grande é o desenvolvimento que se tem notado, ultimamente, nesta cidade sertaneja. Formosa é uma das melhores cidades goianas.
Devido à sua ótima colocação, nordeste do Estado, o seu comércio é enorme e composto de grandes e inúmeras casas.
Atualmente Formosa tem como intendente municipal um moço inteligente e progressista, o sr. Francisco Hugo Lobo, denodado propugnador do progresso local. Este moço, ao lado do sr. Pedro de Souza Borba, outro vulto de destaque de nossa sociedade sertaneja, acabam de obter um privilégio para a construção de uma linha de automóveis, desta cidade à de Santa Luzia (Luziânia). Santa Luzia estará ligada à Bomfim (Silvânia) por uma outra empresa.
A empresa aqui organizada tomou a denominação: Empresa "Auto-Viação Central do Brasil", devido a linha achar-se no centro do país e atravessar o Planalto Central.
O encarregado da construção é um competente profissional, o jovem engenheiro Manoel Gonçalves da Cruz, que há alguns meses reside em nosso meio, trabalhando em medições e divisões de terras.
A diretoria ficou assim constituída: Presidente, Francisco Hugo Lobo; vice presidente, Pedro de S. Borba; diretores Arthur A. Póvoa e Pedro Chaves; diretor técnico, Manoel G. da Cruz; tesoureiro, José Vianna Lobo; procurador, Dário de Oliveira.
Os serviços já foram iniciados e dentro em breve teremos uma ótima estrada de automóveis, ligando esta cidade à Estrada de Ferro.
No próximo mês de agosto será organizada a empresa Hidro Elétrica, sob a direção dos capitalistas coronel Francisco Magalhães e dr. Gabriel Guimarães.
Conforme o Decreto n. 7.050, de 30 de Maio de 1.921, o Presidente do Estado resolve declarar sem efeito a nomeação dos cidadãos Francisco Hugo Lobo e Mathias Barreto, para os cargos de 2º e 3º suplentes do Juiz Municipal do termo de Formosa e de Honório de Souza Lobo para o de Juiz Distrital, por não terem prestado compromisso no prazo legal.
No CORREIO OFFICIAL DE GOYAZ de sábado, 27 de agosto de 1.921 relata que foi nomeado o dr. Francisco Hugo Lobo para o cargo de Fiscal do Collegio das Irmãs Dominicanas (Colégio São José), em Formosa, recentemente equiparado à Escola Normal do Estado.
No ápice do governo de Francisco Hugo Lobo como intendente do município de Formosa, um fato está marcado nas páginas do jornal de São Paulo, CORREIO PAULISTANO de terça feira, 26 de setembro de 1.922:
O LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DA NOVA CAPITAL DO BRASIL
São da "Vida Goyana" as notícias que damos a seguir, sobre o lançamento da pedra basilar da nova capital da República:
"Dando cumprimento ao decreto nº 4.494, de 18 de janeiro do corrente ano, o sr. presidente da Republica ordenou que uma comissão da E. F. Goyaz, composta do respectivo chefe, dr. Balduino Ernesto de Almeida, e dos drs. Edgard Peixoto Guimarães e Álvaro Cardoso de Mello, viessem no lugar mais conveniente da zona demarcada no Planalto Central, e aí lançassem a pedra fundamental da capital da república.
Essa ordem foi dada com enorme atraso e a comissão não pôde fazer um estudo conveniente em todo o território destinado ao Distrito Federal. O ilustre dr. Balduíno de Almeida, só a 27 de agosto recebeu tão honrosa incumbência. Contudo, fez o que estava ao seu alcance, sendo mesmo admirável a rapidez com que deu as providências que se faziam precisas, de modo a se cumprir, no dia determinado, o referido decreto.
Organizado em Araguary o aparelhamento da comissão, veio esta para Ipameri e dali partiu a 2 deste, pela linha de rodagem, em uma animada caravana de 15 automóveis, com destino à Planaltina.
Aí chegando, o operoso chefe percorreu vários pontos da zona e escolheu o que lhe pareceu mais apropriado, tendo em vista a topografia e as condições favoráveis a um regular sistema de esgotos e farto abastecimento de água à futura cidade.
O local preferido oferece às vistas de quem o observa um panorama deslumbrador. O dr. Balduíno foi de uma rara felicidade na escolha. Entendemos, entretanto, que ele seja futuramente mudado para um ponto mais central do quadrilátero, ponto esse que, segundo os melhores estudos, deverá ser o que fica ao meio de uma reta que, partindo da barra do ribeirão Gariroba com o rio Descoberto, vá à barra do ribeirão Macacos com o rio Areias. O digno chefe da comissão não procedeu a exame nesse local, porque para lá não há estrada de automóveis, e a angústia de tempo era absoluta. Ele multiplicou-se prodigiosamente para fazer o que fez. Arranjou tudo de maneira que hoje, ao ser anunciado o meio dia, pelo dr. Cardoso, que se achava no aparelho, teve princípio a solenidade.
Reunido no morro do Centenário, que se assenta na serra da Independência, grande número de pessoas gradas, autoridades, banda de música, praças e toda a comitiva, efetuou-se o ato solene, começando pelo içamento da Bandeira, ao som do Hino Nacional. Praças do Exército prestaram a devida continência.
Em seguida, o dr. Balduíno de Almeida, numa empolgante alocução cívica, em que transcendia um formosa talento, educado nos mais lídimos princípios de liberdade e patriotismo, explicou a significação daquele acontecimento e terminou, declarando, em nome do sr. presidente da República, lançada a pedra basilar da futura capital Federal no Planalto Central. Uma salva de palmas cobriu as suas últimas palavras, e foi executado um hino pela banda de música.
A seguir, falou o dr. Arthur Póvoa, representante do sr. presidente do Estado, produzindo um ponderado discurso, que causou ótma impressão, sendo muito aplaudido.
Teve a palavra, depois, o deputado Evangelino Meirelles, representante do Congresso Goyano ( Senado e Câmara), e do dr Americano do Brasil, deputado federal e autor do projeto da pedra. O seu discurso foi entrecortado de aplausos, tendo o dr. Edgard Peixoto, secretário da comissão, solicitado, com empenho, uma cópia do mesmo para ser anexada aos papéis do grandioso ato.
Falou, por último, o dr. Francisco Hugo Lobo, intendente municipal de Formosa, produzindo bela peça literária, que muito agradou.
Todos os oradores receberam inúmeros cumprimentos e abraços, sendo suas últimas palavras sempre recebidas ao som de belíssimas músicas.
Ninguém mais usando da palavra, terminou a cerimônia, sendo lavrada a competente ata, que foi assinada pelas pessoas de representação.
A Câmara Federal foi representada pelo dr. Aldo Mário de Azevedo, filho do dr. Arnolpho Azevedo, presidente daquela casa do Congresso.
O sr. Gelmires Reis, juiz municipal deste termo*, representou o deputado federal Rodrigues Machado.
O intendente municipal desta cidade* foi representado pelo sr. Nicolau da Silva, 2º tabelião de Santa Luzia.
O nosso fôro* foi representado pelo dr. Henrique Itiberê, juiz de direito desta comarca.
Compareceram todas as autoridades de Planaltina e várias de Formosa.
O Exército nacional teve como seu representante na grandiosa cerimônia o sr. major A. de G. Piranema, comandante do 6º batalhão de caçadores aquartelado em Ypameri.
Representando as escolas e o "Atheneu Goyano", desta cidade*, esteve presente o professor Alarico Torres Verano.
Lavrada e assinada a ata, foi servida às pessoas presentes uma taça de champanhe, sendo então erguidos vivas entusiastivos aos srs. presidente da República, presidente do Estado, povo goiano, Exército e ao dr. Balduíno de Almeida, sendo, assim, terminada, com imenso fulgor a solenidade do início da construção da futura capital da União.
O marco é cimentado e compõe-se de 33 pedras de granito vindas preparadas de Ypameri. Na placa comemorativa lê-se a seguinte inscrição: "Sendo presidente da República o exmo. sr. dr. Epitácio Pessoa, em cumprimento do disposto no decreto n. 4.494, de 18 de janeiro de 1.922, foi aqui colocada em 7 de setembro de 1.922, ao meio dia, a pedra fundamental da futura Capital Federal dos Estados Unidos do Brasil".
Debaixo da pedra foi encerrada uma caixa de bronze com documentos e objetos raros da época presente.
O local fica a 8 quilômetros de Planaltina, a 50 de Formosa e a 15 de Santa Luzia*. Assenta-se na serra da Independência, (nome posto pelo dr. Balduíno, em comemoração à data), situada entre os ribeirões São Bartolomeu e Sobradinho, à direita da vereda Pindahyba.
Foram tirados vários filmes e fotografias.
* Está tratando da cidade de Luziânia GO.
Sobre esse evento, disponibilizaremos algumas fotos conforme estudos do colega e grandioso historiador Adirson Vasconcelos.
Comissão do dr Balduíno de Almeida |
Celebração em 7 de setembro de 1.922 - meio dia |
Dr. Ernesto Balduíno de Almeida |
Placa da Pedra Fundamental |
No CORREIO PAULISTANO de quinta feira, 12 de abril de 1.923, percebemos que seguiu para São Paulo o sr. dr. F. Hugo Lobo, intendente municipal desta cidade de Formosa. Com o mesmo destino, seguiram os srs. José Curado e família e Iron Chaves.
No CORREIO PAULISTANO de segunda feira, 19 de novembro de 1.923, está lá a informação: Realizou-se no dia 1 de novembro a posse do novo Intendente Municipal, sr. coronel Herculano Lobo, ultimamente eleito, para suceder o sr. Francisco Hugo Lobo, que terminou o seu quatriênio.
Durante seu mandato, Hugo Lobo decretou vários regulamentos sobre alteração da receita e despesa do município, como redução de impostos, supressão de cargos e vencimentos, criação de multas e pedidos de empréstimos. Hugo Lobo ainda dividiu a cidade em duas zonas fiscais (urbana e suburbana). Também em 1.920, Hugo Lobo demoliu a antiga cadeia que havia sido construída em 1.874, transferindo a mesma para uma casa velha na Praça São Sebastião (hoje praça da Bíblia ou praça da Cadeia no centro), com um compartimento adaptado para prisão, tendo cômodos para a guarda e o carcereiro.
Não foram grandes os louros de Hugo Lobo na parte econômica de Formosa, entregando essa nossa grandiosa cidade ao Coronel Herculano de Souza Lobo com um déficit de 5:575$245 (cinco contos, quinhentos e setenta e cinco mil e duzentos e quarenta e cinco réis).
Na sessão de 23 de janeiro de 1.924, o ex-Intendente Municipal, Francisco Hugo Lobo, apresentou ao Conselho Municipal o relatório dos atos de sua gestão governamental, acompanhado de um ofício em que declarou estar no arquivo da Secretaria da Intendência todos os documentos relativos ao seu relatório, que obteve o seguinte despacho: "Arquive-se". Esse despacho foi aprovado, por unanimidade de votos dos Conselheiros.
No CORREIO PAULISTANO de segunda feira, 22 de dezembro de 1.924, o brilhantismo do bel. Francisco Hugo Lobo novamente é demonstrado na seguinte mensagem:
MELHORAMENTO DO ANO LETIVO DE 1.924
A 27 de novembro passado, celebrou-se no Colégio S. José a festa de encerramento do ano letivo. Revestida de maior aparato essa festa excedeu em brilho a expectativa dos que a ela compareceram, já pela disposição do bem elaborado programa, já pelo ótimo desempenho de todas as suas partes.
Contribuiu sobremaneira para o brilhantismo da solenidade a colação de grau a quatro normalistas e a entrega dos respectivos diplomas.
Usaram da palavra, na festividade, duas das normalistas, ocupando em seguida a tribuna o distinto paraninfo, dr. Francisco Hugo Lobo, cujo discurso, verdadeira peça oratória, primou pelas flores de retórica, pela sublimidade das ideias, pela clareza com que expôs a necessidade da instrução como base da nossa sociedade e pelos sapientíssimos conselhos dados às neo-professoras.
Entusiasticamente aplaudido, foi esse discurso chave de ouro da primeira e mais importante parte do programa.
Músicas, cançonetas, poesias seletas, diálogos e bem escolhida comédia constituíram o encanto da segunda parte.
Otimamente desempenhados foram os papéis dos representantes.
Ao finalizar-se a festa, ocupou a tribuna o revmo. frei Benevenuto, que, com expressões alentadas pelo espírito de religião e patriotismo, salientou ao auditório o admirável progresso do colégio e o aproveitamento das alunas. Prova clarividente desse acerto o magnífico resultado dos exames finais.
Remate da festa foi o hino nacional, cuja última nota encheu a alma colegial de extraordinário júbilo.
Em 1.924 e 1.925, no ALMANAK LAEMMERT - RJ, Francisco Hugo Lobo aparece como agricultor, lavrador e criador de Formosa GO.
Em 11 de março de 1.926, conforme o jornal O PAIZ - RJ, nesse dia Francisco Hugo Lobo, que cursava o 2º ano na Faculdade de Direito de Nitheroy, foi convocado para os exames às 15 horas.
Francisco Hugo Lobo faleceu em 13 de agosto de 1.926, em plena idade produtiva, com tuberculose pulmonar, solteiro e, conforme informações, sem filhos. Entretanto, aqui surge uma dúvida, pois em 1.926 ele já estava no 2º ano de direito no Rio de Janeiro e, no jornal carioca A MANHÃ de sábado, 1 de setembro de 1.928, na coluna dos aniversários, encontramos a informação de que passava, naquele dia, o aniversário natalício da galante menina Maria Carolina, filha de Hugo Lobo. Seria uma filha que nosso ilustre Hugo Lobo deixou no Rio de Janeiro???
Outra curiosidade, é que no post mortem de Hugo Lobo, ele é tratado como Coronel na Lei Municipal que dá denominação à rua de Formosa:
Na sessão de 20 de setembro de 1.926, pelo Secretário do Conselho, Amaro Juvenal de Almeida, foi proposto ao Conselho que, nesta ata, ficasse consignado um voto de profundo pesar, pelo falecimento do Cel. Francisco Hugo Lobo, ocorrido a 13 de agosto próximo passado; proposta essa aprovada, por unanimidade de votos. Também apresentou o mesmo Secretário um projeto, dando à Rua Formosa o nome de Rua Hugo Lobo, em homenagem à memória do Cel. Francisco Hugo Lobo. Esse projeto foi à comissão de legislação, para dar parecer. Na sessão de 21 a comissão apresentou o seu parecer, que foi o de conservar-se o nome de Rua Formosa e de dar-se a denominação de Hugo Lobo à Travessa Visconde de Porto Seguro, por ter sido nessa Travessa que nasceu Hugo Lôbo, em 29 de abril de 1.896.
Francisco Hugo Lobo, que exerceu com esmero todos os cargos que lhe fora confiado, hoje é homenageado em Formosa ilustrando o nome de um colégio estadual e uma rua na região central de Formosa.
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