O Capitão e Farmacêutico Vigilato Fernandes de Sousa, ou Souza conforme alguns jornais, nasceu por volta de 1.845 e faleceu na cidade de Caiapônia GO em 1.926. Capitão Vigilato foi vereador na cidade de Formosa no ano de 1.881 a 1.882 e 1.889 a 1.890. Não temos informações referente aos pais, filhos e outros dados desse grande cooperador do civismo e ética formosense. Essa grandiosa cooperação, podemos ver abaixo.
Em 1.962, o Capitão Vigilato aparece como negociador de fazenda na região de Formosa da Imperatriz.
Entre tantos atos, o Capitão Vigilato esteve sentado em lugar de honra quando, em 7 de setembro de 1.877, nosso município foi elevado à categoria de cidade, como Formosa da Imperatriz. Essa posição de honra se dá exatamente por ser ele, o comandante municipal (Coronel Municipal) aqui em nossa cidade, posto confirmado de acordo com as informações encontradas em seu comandado Capitão José Antônio de França.
Em 1.879, o Capitão Vigilato participou da comissão para construção da Igreja Matriz, juntamente com o Ten. Cel. Paulino de Sousa Lobo e Honório de Sousa Lobo.
Por volta de 1.881 o Capitão Vigilato vendeu um terreno no Largo dos Passos (Praça Pedro Chaves) para a Loja Maçônica Amparo dos Desvalidos. Na ata de 13 de janeiro de 1.881 aparece o nome do capitão Vigilato também como participante desta sociedade.
Em 1.882, o Capitão Vigilato foi nomeado como 1º suplente do delegado de polícia. Não conseguimos informações de quem era delegado titular.
Em 1.883, o Capitão Vigilato foi nomeado como principal Juiz de Paz de Formosa da Imperatriz.
Em 21 de junho de 1.890, Capitão Vigilato assumiu a presidência da Intendência Municipal de Formosa. Ao assumir, o mesmo proferiu o seguinte discurso: “Juro, pela minha honra e de conformidade com os preceitos da religião que sigo, servir com boa e sã consciência, o cargo de Presidente da Intendência Municipal desta cidade, só tendo diante de meus olhos Deus e a Lei”.
Assim, o Conselho de Intendência Municipal de Formosa foi instalado no dia 21 de junho de 1890. O seu primeiro ato foi o de convidar o Presidente e mais membros da Câmara extinta, para, de conformidade com o § 1º do Art. 59, do Decreto nº 9, de 27 de janeiro de 1890, prestarem as contas de suas administrações municipais.
O Procurador da Câmara, chamado para prestar as suas contas, e o Fiscal, para apresentar o seu relatório, ambos pediram prazo razoável para isso, visto terem sido convidados de surpresa. Concedeu-se-lhes o prazo pedido.
Na sessão extraordinária do Conselho da Intendência, de 30 de junho, se apresentaram: o Procurador e o Fiscal da Câmara extinta, aquele com as suas contas, que foram aprovadas, sendo louvado pelos bons serviços que prestou; e este, que apresentou um caderno do Cód. de Posturas e o relatório concernente ao trimestre último. Pelo Secretário, foi apresentado um documento no valor de um conto de réis, firmado por Joaquim Honório Pereira Dutra, como depositário dessa importância, documento esse que ficou em poder do Presidente da Intendência Municipal, Vigilato Fernandes de Sousa. Este, então declarou dissolvida a Câmara e, ipso facto, exonerados os empregados, pondo à deliberação da Intendência propor quais os cidadãos que deviam ser nomeados. Foram propostos e nomeados: Secretário, o mesmo da Câmara extinta, José Alves Vianna Lobo; Procurador e zelador do cemitério, Justino da Silva Rangel; Fiscal, José de Carvalho Maya; porteiro, José Joaquim de Sant'Anna: todos prestaram juramento e entraram em exercício de seus cargos, na mesma sessão.
Na sessão de 5 de julho, foi nomeada uma comissão de três membros, para confeccionar um novo Cód. de Posturas, sendo nomeados: José Jacintho de Almeida, Francisco Alexandrino Lobo e João Moreira Ribeiro.
Na sessão de 14 de outubro, o Presidente, Vigilato Fernandes de Sousa, declarou estar ele exonerado desse cargo e passou a Presidência ao seu substituto, Angelo Rodrigues Chaves, e lhe entregou todos os livros, papéis e jornais, que se achavam em seu poder e, bem assim, um documento de um conto de réis, firmado por Joaquim Honorio Pereira Dutra; outro de 146$535, firmado por José Paulino de Sousa Lobo; e, finalmente, a quantia de 124$760, em notas. Pelo Presidente foi ordenado ao Secretário que todos os livros, papéis e documentos acima ditos fossem recolhidos ao respectivo arquivo, e o dinheiro e documentos, que representavam valores, ao cofre municipal.
Em 10 de maio de 1.893 o Capitão Vigilato foi nomeado como Juiz Adjunto de Formosa da Imperatriz, posição que ele já exercia em 1.892 e exerceu até 1.896 e, em algumas vezes nesse período, assumiu o posto de Juiz Interino. Através do decreto nº 432, de 20 de dezembro de 1.898, percebemos ele como suplente do Juiz Municipal, assumindo o exercício desse cargo no dia 06 de julho de 1.899, ficando nesse cargo até o dia 27 de agosto de 1.900, data que transferiu o cargo para o cidadão Paulino de Oliveira Campos.
Em sessão extraordinária, a 15 de novembro de 1.894, apresentou-se no Conselho Municipal o Dr. Emilio Francisco Povoa, Juiz de Distrito da comarca, e, obtendo a palavra, ofereceu ao Conselho Municipal, em nome do Cel. Vigilato Fernandes de Sousa, um quadro, contendo o retrato do Marechal Floriano Peixôto, Vice-Presidente da República, para ser colocado na sala das sessões do mesmo Conselho, e pediu que se lançasse na ata um voto de louvor ao Cel. Vigilato Fernandes de Sousa, pelo ato que acabava de praticar. O Presidente, usando da palavra, agradeceu a oferta e mandou lançar na ata o voto de louvor pedido.
O Pro-Pároco - Francisco Xavier Savelli, este, em data de 19 de abril de 1896, organizou uma comissão, que tinha por fim promover os festejos da semana santa, no ano de 1897, e o andamento das obras da nova matriz. Essa comissão se compunha dos Srs. Cel. Vigilato Fernandes de Sousa - Presidente; Ten. Cel. Francisco Alexandrino Lobo - Tesoureiro; Ten. Cel. José Jacintho de Almeida - Secretário; e membros: Cel. Valeriano Rodrigues de Castro, Dr. Emilio Francisco Povoa e Cel. Antonio Dutra.
Em 1.913 e 1.916, percebemos que o Capitão Vigilato se já é intendente municipal em Rio Bonito (Caiapônia GO) e, no CORREIO DE GOYAZ ele também aparece como farmacêutico. Então em Rio Bonito, o Capitão Vigilato faleceu octogenário em 1.926
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