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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

30 de novembro de 1.907 a 01 de novembro de 1.911 - Major Honório de Sousa Lôbo

O major HONÓRIO DE SOUSA LÔBO nasceu aproximadamente em 1.857. Era o segundo filho de Fidêncio de Sousa Lobo com Francisca Alexandrina de Oliveira, família que muito contribuiu politicamente em Formosa. Era irmão do Coronel Herculano de Sousa Lobo e do coronel Francisco Alexandrino Lobo, entre outros. Era fazendeiro e casou-se com Josina Fernandes (Lobo) em 12 de agosto de 1.899, com quem teve os filhos Jonas Lobo, Fidêncio de Sousa Lobo (neto), Ondina de Sousa Lobo, Tibúrcio de Sousa Lobo, Francisco de Sousa Lobo, Benedita Sousa Lobo (Dita Lobo), Adélia de Sousa Lobo, Enedina de Sousa Lobo e Domício de Sousa Lobo. Como homem público, o major Honório de Sousa Lôbo foi Conselheiro Municipal em 1.871, 1.875, 1.876, 1.884, 1.885, 1.900, 1.903, 1.915 e 1.916; juiz de paz em 1.887, Intendente Municipal de 1.907 até 1.911 e vice intendente em 1.923. Não temos data de falecimento.
Sem muitas informações sobre os primeiros 40 anos de vida, somente temos a certeza de que o mesmo era major da Guarda Nacional. Em 1.900 percebemos que o mesmo já tem a patente de capitão.

Em 28 de setembro de 1.888, uma notícia nefasta passa pelo jornal GOYAZ ORGÃO DEMOCRATA.
Na notícia diz que já não é mais capitão da 1ª companhia do heróico 8º batalhão da dita guarda, no município de Formosa, o infeliz cidadão sr. Honório de Souza Lobo, que não tendo em tempo tirado a sua patente, acaba por isso de passar pela maior das decepções, vendo-a transferir-se para as mãos do felizardo cidadão Herculano de Souza Lobo. 
O mundo é assim mesmo seu Lobo, não faça caso!
Percebe-se que essa não foi a única decepção relacionada a não tomar posse, mas tantas outras. 
No decreto nº 4385, de 5 de junho de 1.917, o 1º Vice Presidente do Estado, em exercício, resolve declarar sem efeito as nomeações dos cidadão Honório de Souza Lobo e Nathanael de Souza Lobo para os cargos de 2º suplente do juiz municipal e juiz distrital de Formosa, por não terem prestado compromisso no prazo legal.
No Decreto nº 7.050, de 30 de maio de 1.921, o Presidente do Estado resolve declarar sem efeito a nomeação dos cidadãos Francisco Hugo Lobo e Mathias Barreto para os cargos de 2º e 3º suplentes do Juiz Municipal do termo de Formosa e de Honório de Souza Lobo para o de Juiz distrital por não terem prestado compromisso no prazo legal.

No jornal GOYAZ ORGÃO DEMOCRATA de 20 de março de 1.900, tem a acusação do recebimento dos ofícios mostrando que tomaram posse: Intendente Municipal - José Jacintho de Almeida, Presidente do Conselho - capitão Honório de Souza Lôbo e membro do conselho capitão Leonino Cezar de Souza.

Em 1.913, Honório de Souza Lobo aparece como criador (de gado) na Villa de Alta Mir, distrito de Formosa. Segundo informações da finada Olinda da Rocha Lobo, informações essas não oficiais, Honório e seu irmão Herculano eram os antigos proprietários da Fazenda do Torto, onde hoje é a Granja do Torto no Distrito Federal. Venderam essas terras ao dr. Hosanah Guimarães, passando-as ao poder público para se tornar o atual Plano Piloto. Essa informação é parcialmente confirmada no jornal A ESQUERDA de 27 de julho de 1.928 onde, na página 5, citando um gigante problema de compra e venda de terras na Fazenda Bananal, mostra que os herdeiros de Pedro José de Alcântara vendeu parte do referido imóvel a Lobo & Irmão, por escritura pública a 11 de maio de 1.896 e são pois, únicos proprietários do imóvel a firma Lobo & Irmão, que tem como sócios Honório de Souza Lobo e Francisco Alexandrino Lobo. A firma é dissolvida em virtude da morte do sócio Francisco Alexandrino Lobo, passando o imóvel a pertencer a Honório de Souza Lobo, Francisca Clementina Lobo, Francisco Hugo Lobo e Francisca da Ressurreição Lobo, esposa do dr. Gabriel Campos Guimarães. Lembramos também que a firma Lobo & Irmão fora uma das mais influentes no comércio Formosense.

No jornal O PLANALTO de 20 de janeiro de 1.915, Evangelino Meirelles agradece o cartão de boas festas enviado por Honório de Souza Lobo e outros. Como homem culto, era também assinante do periódico A INFORMAÇÃO GOYANA, entre outros.

Como surpresa para todos nós, conforme o jornal VOZ DO POVO de 31 de agosto de 1.928, o Partido Republicano de Goyaz apresenta, como genuíno representante dos interesses do povo, o coronel Honório de Sousa Lobo, fazendeiro, residente em Formosa, na vaga pela morte do Senador Lobo.

Como católico devoto e praticante, o major Honório de Sousa Lôbo esteve administrando a construção das obras da nova matriz no final da década de 1.890. Tantas outras contribuições, como a representação ao governo de Minas, propondo a abertura de uma estrada de rodagem de São Romão a Formosa, a concessão de auxílio para fundação do colégio das educadoras dominicanas, bem como a desapropriação do terreno para sua instalação, ficarão eternizadas na memória dos formosense. 

Sabemos que outras contribuições não foram escritas, entretanto esse foi um patriarca de um ilustre galho dessa família que muito contribuiu com Formosa.

Da esquerda para a direita: Fidêncio de Sousa Lobo, major Honório Lobo e Jonas Lobo.
Nas contribuições dessa família, cabe aqui lembrar do filho de Honório Lobo, Jonas Lobo, fazendeiro e tabelião do cartório de Formosa que, casando com Maria Augusta Rangel, "dona Sinhá", assumiu o cartório de registro civil de Formosa que, passou de geração, estando hoje nas mãos da Maria Madalena Bueno Lobo. 
Uma curiosidade era que Jonas Lobo, todo o dia, cortejava a bela dona Sinhá, levando flores a ela.

Como reconhecimento, na cidade de Formosa, temos uma rua em homenagem a esse ilustre contribuinte cultural, histórico e cívico de nossa geração.

Não temos data de falecimento do mesmo.


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