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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

15 de julho de 1.895 a 1.897 - Major Antônio da Costa Pinto


O Major Antonio da Costa Pinto, filho de dona Maria Alves de Jesus, nasceu em 1.859 e faleceu em 7 de Setembro de 1.916. Como homem público foi suplente do Delegado de Polícia, em 1.888; Membro do Conselho da Intendência Municipal, em 1.892 e 1.893; Subintendente Municipal, de 1.893 a 1.895; Intendente Municipal, de 1.895 a 1.897; Conselheiro Municipal, de 1.900 a 1.907; Suplente do Juiz Municipal, de 1.901 a 1.910; Intendente Municipal, em 1.915 e 1.916.
Em 20 de abril de 1.888, no jornal GOYAZ, foi noticiado que Costa Pinto foi nomeado como 2º suplente do delegado de polícia de Formosa. Foi exonerado do cargo em 16 de janeiro de 1.891.
No jornal GOYAZ ORGÃO DEMOCRATA de sexta-feira, 5 de dezembro de 1.890, percebemos que Antonio da Costa Pinto, junto com vários amigos formosenses, eles tomaram ações da Companhia Industrial Goyana, onde Costa Pinto adquiriu 1 ação.
Em 21 de abril de 1.892, funcionou o Conselho, sob a Presidência de Angelo Rodrigues Chaves, com a presença dos Intendentes: Antonio Pereira Dutra, Honorio Pereira Dutra, José Fernandes de Sousa e Antonio da Costa Pinto. O Presidente declarou “ter convocado aquela reunião, para reassumir a Presidência da Intendência deste município, cuja demissão considerava como fazendo parte da matéria estatuída no Art. 2º do Decreto nº 1º, de 22 de fevereiro do corrente ano, que declarou nulos de pleno direito todos os atos do Delegado do Governo Federal, neste Estado, praticados posteriormente à promulgação da Constituição de 1º de junho e a sua publicação no órgão oficial; para cujo fim havia oficiado ao Presidente da mesma Intendência, que o havia substituído, a fim de, reconhecendo o ato do atual Governo deste Estado, fizesse entrega do arquivo e mais papéis atinentes a esta Intendência, havendo por cumprida a sua missão e dos mais membros, como já anteriormente o havia declarado”.
Na sessão de 15 de junho de 1.895, foi apurada a eleição dos Conselheiros que deveriam servir no biênio de 1.895 a 1.897, sendo eleitos: Francisco Alexandrino Lobo, Eliziário Rodrigues Chaves, Cesário Belarmino, José Baptista Nogueira, Nathanael de Sousa Lôbo, José Fernandes de Sousa e Joaquim Dutra; para Intendente Municipal, foi eleito Antonio da Costa Pinto.
Através do decreto nº 432, de 20 de dezembro de 1.898, percebemos ele como suplente do Juiz Municipal Vigilato Fernandes de Souza, assumindo ele o exercício desse cargo no dia 06 de julho de 1.899, ficando nesse cargo até o dia 27 de agosto de 1.900, data que transferiu o cargo para o cidadão Paulino de Oliveira Campos.
Da ata da 8ª sessão da comissão de construção da Igreja Matriz, em 9 de maio de 1.897, consta ter o membro - Cel. Antonio Dutra deixado voluntariamente de fazer parte da comissão, tendo sido substituído por Arthur Abdon Povoa. Consta mais da mesma ata que foram admitidos como suplentes dos membros da comissão os Srs. Antonio da Costa Pinto, José Alves Vianna Lobo e Paulino de Sousa Lobo; que, feita a eleição de nova diretoria, foram eleitos: José Jacintho de Almeida - Presidente; Valeriano Rodrigues de Castro - Vice-Presidente: Francisco Alexandrino Lobo - Tesoureiro; e Arthur Abdon Povoa - Secretário; e que foram incumbidos os membros - Francisco Alexandrino Lobo e Valeriano Rodrigues de Castro: este de fazer aquisição de táboas para portas e janelas e aquele de telhas. Em 11 de julho de 1.897, fora o Pro-Pároco, Pe. Francisco Savelli, encarregado pela comissão de dirigir os trabalhos da nova matriz, ficando o membro Ten. Cel. Francisco Alexandrino Lobo incumbido de contratar os trabalhadores e o membro Cap.m Antonio da Costa Pinto, de obter as madeiras necessárias para os andaimes e barracão. 
Em 1.899, Costa Pinto era membro da Junta de Alistamento da Comarca de Formosa, junto com Antônio Jorge Guimarães e o presidente da junta, Elisiário Rodrigues Chaves. Através do Decreto nº 1504, de 8 de julho de 1.905, o Presidente do Estado de Goyaz, José Xavier de Almeida, resolve nomear as juntas revisoras e as de alistamento militar, sendo que a junta revisora da Comarca de Formosa estava composta por Antônio da Costa Pinto, Valeriano Rodrigues de Castro e, como presidente, Francisco Alexandrino Lobo. 
Em 21 de junho de 1.900, faleceu repentinamente, em Formosa, o capitão João José da Costa Pinto, abastado fazendeiro desse município e chefe de numerosa família, irmão do nosso amigo e correligionário capitão Antônio da Costa Pinto.
Em 06 de abril de 1.902, faleceu a exímia senhora dona Maria da Cunha (observa-se o sobrenome errado), mãe do nosso prestigioso amigo e correligionário, capitão Antonio da Costa Pinto.
Em 17 de abril de 1.902, percebemos o seguinte agradecimento:
Agradecimento
Os abaixo assinados, sinceramente gratos a seus amigos e mais pessoas gratas desta cidade, especialmente agora, durante a enfermidade de sua mãe d. Maria Alves de Jesus, falecida a 6 do corrente mês, vítima de uma violenta e rebelde influenza, vem, por intermédio deste conceituado jornal, testemunhar o seu reconhecimento, agradecendo não somente aos que visitaram a referida finada durante a sua enfermidade, como aos que fizeram o caridoso obséquio de acompanhar o seu ataúde até o cemitério público desta cidade, e aos srs. tenente coronel Francisco Alexandrino Lobo e major Antonio Albino Pinto de Castro a assistência médica que os mesmos com boa vontade e constância prestaram a mesma. 
Agradecem também cordialmente ao ilustre pároco desta freguezia, padre Trajano Balduíno de Souza os últimos socorros espirituais caridosamente administrados a mesma finada em prol de sua alma.
Formosa, 17 de Abril de 1902.
Antonio da Costa Pinto.
Maria Candida da Costa Pinto.

Na sessão de 27 de maio de 1.903, o Conselheiro Antonio da Costa Pinto, tomando a palavra, propôs que o Conselho se dirigisse à Câmara Estadual, pedindo a decretação de uma lei, que isente este município do pagamento de - 2:399$430, que deve ao Estado, proveniente de despesas feitas com os presos pobres deste município, na cadêia da capital, no período decorrido de 1.895 a setembro de 1.899, na Secretaria de Finanças, em razão das condições precárias em que se achava o município. Unanimemente aprovada essa indicação, ordenou o Presidente que se fizesse a representação ao Presidente e aos membros da Câmara Estadual.
Através do Decreto nº 1153, de 15 de Agosto de 1.903, nomeia, de acordo com a proposta do dr. Chefe de Polícia, para a Junta de Alistamento do Distrito de Formosa, Presidente - major Angelo Rodrigues Chaves, capitão Antonio da Costa Pinto e Capitão José Fernandes de Souza.
Através do Decreto nº 1504, de 8 de julho de 1.905, o Presidente do Estado resolve nomear para compor a junta revisora de Formosa os senhores Presidente - Francisco Alexandrino Lobo, Valeriano Rodrigues de Castro e Antonio da Costa Pinto.
Em 16 de outubro de 1.905, A EQUITATIVA, Sociedade de Seguros Mútuos Sobre a Vida Terrestres e Marítimos, do Rio de Janeiro, sorteou a apólice nº 17.534, premiada em 5:000$000, pertencente ao sr. Antonio da Costa Pinto e sua exm. esposa, moradores de Formosa, Estado de Goyaz. O recibo, datado de 20 de novembro de 1.905, tem como testemunhas Paulino de Souza Lobo e Olympio de Mello Alvares e mostra que o pagamento foi feito pelo cheque nº 5.574, visado pelo Banco da Republica do Brazil.

Antônio Costa Pinto fez parte do primeiro colegiado e primeira diretoria do Gremio Litterario Desembargador Emilio Povoa, fundado em 1.910. A sua fundação está assim descrita no jornal O PLANALTO de Santa Luzia (Luziânia), 12 de novembro de 1.910:
Graças à auspiciosa iniciativa do ilustre e distinto major Olympio Jacintho, espírito altamente patriótico e sempre afeito às grandes ideias, observa-se atualmente entre os principais membros da sociedade formosense, certo movimento de entusiasmo e de carinho às letras.
Trata-se da criação de uma sociedade literária que terá por fim instruir e recrear os seus membros, proporcionando-lhes um centro de reunião, onde na mais íntima fraternidade se discutam assuntos da atualidade e de interesses gerais.
Em duas reuniões sucessivas, já se tratou de assentar as bases da sociedade que recebeu a honrosa denominação de Gremio Litterario Desembargador Emilio Povoa.
A sua diretoria provisória ficou assim constituída: presidente - major Olympio Jacintho; suplente - dr. Arthur Póvoa; secretário - José Theodolino; suplente - Enéas Barreto; tesoureiro - José Vianna Lobo; suplente major Antonio da Costa Pinto e arquivista - Ten. cel. José Jacintho e suplente - Franklin Fernandes.
A sua instalação definitiva terá lugar em primeiro de janeiro de 1.911.
Torna-se desnecessário encarecermos aqui os inestimáveis benefícios que a nossa sociedade podem advir com a alevantada ideia do major Olympio Jacintho, que por isso mesmo torna-se desde já credor de mais uma soma de gratidão da parte do povo de Formosa que já lhe deve muito e muito.
Formosa - XI - 910. 
J. Theodolino. 

Em 20 de outubro de 1.915, foi apurada a eleição, procedida a 20 de setembro, para Intendente Municipal, Vice-Intendente e Conselheiros, sendo eleitos: Intendente Municipal - Major Antonio da Costa Pinto; 1º Vice-Intendente -  Mathias de Oliveira Barreto; 2º, Veridiano Rodrigues de Castro; 3º Clarindo Augusto; Conselheiros: Olympio Jacintho, João Gonçalves de Oliveira, Irineu Roza, Veríssimo de Aquino, José Collecto de Mello, Honório de Sousa Lôbo e José Vianna Lôbo. Na sessão de 30 de outubro, foram reconhecidos: Intendente Municipal, Vice-Intendentes e Conselheiros, tendo estes últimos prestado compromisso do cargo e designado a instalação do Conselho, compromisso e posse do Intendente Municipal e Vice-Intendente, para o dia 1º de novembro próximo. No dia 1º de novembro, no Paço Municipal, em sessão solene, foi instalado o Conselho Municipal, e o Intendente, Major Antonio da Costa Pinto, prestou compromisso do cargo, com os 1º e 3º Vice-Intendentes: Mathias de Oliveira Barreto e Clarindo Augusto. Nessa mesma sessão foi eleita a mesa efetiva do Conselho, assim: Presidente - Olympio Jacintho; Vice-Presidente - João Gonçalves de Oliveira; Secretário - José Collecto de Mello.
Faleceu a 7 de Setembro de 1916, com 57 anos.

Em sua homenagem, nossa cidade figura, no Setor Ferroviário, a Rua Costa Pinto.

Um comentário:

  1. Boa noite Professor Samuel Lucas, gratidão por partilhar essas informações históricas. Sou bisneta do Major Antonio Albino Pinto de Castro.

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